Castelo de Leiria

 

O Castelo de Leiria localiza-se na cidade, freguesia, concelho e distrito de Leiria, em Portugal.

Edificado em posição dominante a norte sobre a primitiva povoação e o rio Lis, este belo e imponente castelo medieval, onde se contrastam as belezas do patrimônio edificado e as da paisagem natural, é um dos "ex-libris" da cidade, recebendo, anualmente, entre 60 e 70 mil turistas. Considerado o melhor exemplo de transformação residencial de um castelo no país, o monumento compreende outras atracções arquitectónicas, históricas e arqueológicas.Antecedentes

Não existem informações seguras acerca da primitiva ocupação humana do sítio do castelo, embora a região de Leiria seja rica em testemunhos arqueologicos pré-históricos e romanos. Sabe-se, entretanto, que à época da Reconquista cristã da península Ibérica, a região constituía, no século XII, um ponto nevrálgico da defesa da fronteira sul do Condado Portucalense. Viria a tornar-se um próspero centro económico medieval, graças ao comércio de cereais e produtos alimentares (trigo, azeite, vinho, frutas), de madeiras (pinhal de Leiria), de minérios (ferro, carvão, sal-gema, calcário) e de produtos artesanais (lanifícios e tecelagens, couros, olarias, ferragens).

 
Castelo de Leiria, Portugal: Vista da cidadela de D. Dinis (sécs. XIII-XIV).
 
Castelo de Leiria: Portugal: ábside da Igreja de Santa Maria (esquerda) e Torre dos Sinos.
 
Castelo de Leiria, Portugal: ruínas do Paço de D. João I (séc. XV).

Os estudiosos atribuem a atual configuração do Castelo de Leiria à soma de de quatro grandes períodos construtivos:

  • o Românico do século XII;
  • o Gótico dionisino, da primeira metade do século XIV;
  • o Gótico joanino, de inícios do século XV, e
  • as correntes restauradoras de finais do século XIX e primeira metade do século XX.

Algumas das intervenções promovidas por Korrodi foram posteriormente desfeitas, considerando-se que o seu projecto pecava por excesso de romantismo, sem respeitar o real perfil (original) do monumento.

O castelo apresenta planta poligonal irregular, marcada pela solidez de seu sistema defensivo (muros e torres) no interior do qual se destacam o Paço Real, a Igreja de Santa Maria da Pena e a Torre de Menagem. Defendida externamente por uma barbacã, a cerca é reforçada por torreões de planta quadrangular, a intervalos regulares. Nesta cerca se rasgam duas portas: a Porta do Sol, a sul, onde hoje está a Torre da Sé, e a Porta dos Castelinhos, a norte, flanqueada por duas torres. Ultrapassando-se a Porta do Sol ingressa-se em um largo onde se encontram algumas edificações, o antigo Paço Episcopal (hoje sede da PSP) e a Capela de São Pedro. Subindo por uma rampa, ao longo da cerca da vila, acede-se à entrada do castelo, pela Porta da Albacara, em arco de volta redonda sob uma torre rematada por merlões chanfrados e rasgada por frestões, que funcionou como torre sineira da vizinha Igreja de Nossa Senhora da Pena.

As muralhas do castelo são rematadas por merlões quadrangulares, estando reforçadas no seu trecho mais vulnerável por uma barbacã, seguida por uma cerca avançada, a norte e a leste. Pelo lado oeste, rasga-se a chamada Porta da Traição, em arco quebrado. O reduto interno, envolvido por cinta de muralhas, encontra-se disposto numa plataforma mais elevada a noroeste, e é dominado pela Torre de Menagem.

Ficheiro:LeiriaCastle1.jpg

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